segunda-feira, 20 de abril de 2009

Lovesong


Esperança pra todas as outras coisas.
Vontade de durar pra sempre, nessas horas quando a possibilidade é romper os dentes.
Agarrar esse medo e transformá-lo em uma música de amor. Assistir filme demais dá nisso: acreditar compulsivamente em final feliz.
Eu tive uma grande amiga que insistia em usar uma camisa escrita: O amor é feio.
E eu na verdade queria usar uma esrita: O amor é lindo, é vida, sou eu. Mas tenho lido alguns poetas que votam nessa frase de camiseta e talvez, o amor não seja nem lindo e nem feio.
É bem diferente de todos os outros sentimentos, é mais difícil, menos linear. E ainda assim, mais falado, falado em todo o lugar.
Por aí existe cidades que respiram amor, virando esquina com a Lovestreet, Paris, Veneza, Rio de Janeiro. O chocolate, morango, vinho, viram elementos gastrônicos principais a luz de velas. As cores, o vermelho. Os filmes, as músicas, os vocais femininos solitários que cantam com paixão, o amor. Amore mio.
É muita coisa junta, respirando l'amour. Não existe nenhum ser vivo, bem vivido, que não ame. Todo mundo ama. Todo mundo quer trocar seu mundo por um pedacinho de terra, pra dividir com seu amor.
Por que ele é feio então? Por que machuca? Cutuca? Leva a gente embora de joelhos, atravessa oceano, morre afogado, não pensa duas vezes, não faz nada progamado. É tudo espontâneo. Arriscado.
Deve ser por isso que é intenso, deve ser por isso que é feio. Porque foge do nosso controle aquilo que a gente não consegue administrar e talvez esteja aí a graça de amar.
Bom dia.

Crack up: Cenas do filme, "Paris, te amo".

1 comentários:

Angelo Horst disse...

que bonito.