terça-feira, 28 de abril de 2009

Querido jornal diário,


Que vontade de atender você me ligando essa noite.
Sabe quando eu fico meio acordada dormindo, ouvindo sua voz?
Seria bom mesmo se você morasse aqui, dentro do meu apartamento de dois quartos. Te arrumo um espacinho no meu guarda-roupas. Te dou um cantinho, mas se precisar, vai tudo mesmo. Você me conhece, eu não poupo, amor.
Levo o som para o banheiro. Eu sei que você adora cantarolar debaixo do chuveiro.
Só não prometo aprender a cozinhar, sabe? Você sabe...
Essa agonia de te ficar rimando, junto com meu dia-a-dia, já basta. Não é poesia, amor, é coisa de gente normal mesmo.
To tentando te colocar nos meus 80 anos de vida. Se você aceitar, aí, ah, aí a gente resolve tudo direitinho. Faz um loft, compra um cachorro. Cortona um mundinho, juntinho e de lambreta.

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